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13º Domingo depois de Pentecostes

Atualizado: 27 de ago. de 2023

A dívida perdoada



PRÆLEGENDUM (Sl. 31,1-2.11)

Bem-aventurado aquele cujo pecado foi perdoado,

cujas dívidas foram redimidas.

Bem-aventurado aquele a quem o Senhor não atribui culpa,

Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó justos,

exultai vós todos os que sois de coração reto.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,

Como era no princípio, agora e sempre,

e pelos séculos dos séculos. Amém.



EVANGELHO de Jesus Cristo, segundo São Mateus 18, 23-35

Naqueles dias, contou-lhes Jesus esta parábola: O Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de prata. Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía. Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: “Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor.”

— O patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. O empregado saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo, dizendo: “Pague o que me deve!”

— Então o seu companheiro se ajoelhou e pediu: “Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei tudo.”

— Mas ele não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a dívida. Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram revoltados e foram contar tudo ao patrão. Aí o patrão chamou aquele empregado e disse: “Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você.”

— O patrão ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida.

E Jesus terminou, dizendo:

— É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão.


Te louvamos, Senhor!



HOMILIA

de São João de Saint-Denis

27 de outubro de 1968


[...] O Evangelho fala desta parábola do rei que perdoa as dívidas, mas aquele a quem foi perdoada não quer perdoar uma pequena dívida de um dos seus subordinados que é seu irmão.

Podemos dizer que é uma parábola, um comentário às palavras da Oração Dominical: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. É para com os nossos irmãos que podemos ser divinos. Perdoar é divino; exigir é humano. É como lidamos com nossos irmãos que Deus julgará.

Não é um espírito de cálculo, mas se formos divinos, isto é, se perdoarmos aos nossos irmãos, Deus nos perdoará. Amemos nossos irmãos como Deus nos amou. Acostumemo-nos na terra à vida divina; porque se não temos, ouso dizer, a psicologia de Deus, se Ele perdoa e se nós não perdoamos, como podemos viver com Ele? Seremos rejeitados, não por Ele, mas por nós mesmos! Quem pode conviver com alguém que tem uma psicologia diferente da dEle?

Deus é perdão e nós não perdoamos nossos irmãos. Se não tivermos perdão em nossa alma, estaremos separados de Deus. Se não amarmos, Deus é amor e seremos separados dEle, estranhos para Ele.

É por isso que, durante a Oração Dominical, quando pronunciamos estas palavras: “e perdoa-nos as nossas dívidas...”, não devemos parar, mas dizer interiormente: eu perdôo! Devemos fazer um ato além de pronunciar as palavras, porque nestas palavras da Oração Dominical está toda a lei profunda e única da comunidade da Igreja. É um lugar onde o irmão perdoa ao irmão porque Deus perdoou.

Quem ouviu ontem à noite o discurso de São João Crisóstomo pode experimentar ainda mais profundamente o que acabo de lhe contar. Deus o abençoe !

Amém.




ORAÇÃO

(da Coleta, da Divina Liturgia Galicana)


Senhor nosso Deus, Pai onipotente e misericordioso, que nos ensinastes por Jesus Cristo, vosso Filho muito amado, a perdoar aos nossos devedores, agradecemo-Vos por nos terdes dado o poder de nos tornarmos semelhantes a Vós, Aquele cujo perdão é inesgotável. Vós que viveis e reinais com a vossa Palavra coeterna e o vosso Santo e vivificante Espírito, um só Deus pelos séculos dos séculos. Amém.




SANTOS DO DIA


São Cesário, Bispo de Arles, Pai da Igreja (+542).

Cesário nasceu em Cavaillon, tornou-se monge em Lérins, mas teve que retirar-se para Arles por motivos de saúde. O bispo local fez dele sacerdote e anexou-o à sua Igreja, com a intenção de torná-lo seu sucessor. Para evitar esta honra, Cesário escondeu-se. Descoberto, acabou aceitando. Com ele, Arles tem um grande bispo. Alma de oração, pregador incansável, transformou a sua Igreja. Maltratado pelos godos, senhores do país, viveu a prisão e o exílio. Ele cria perto de sua igreja um mosteiro de monjas sob a direção de sua irmã Cesária. Participou do segundo Concílio de Orange (529) contra os pelagianos. Pai dos pobres e dos órfãos, foi o admirável defensor da cidade nestes tempos de calamidade pública. São Cesário de Arles é considerado Primaz da Gália.

Fonte: Nominis.


Curiosidade... a logo de nossa Eglise Ortodoxe des Gaules carrega o símbolo descrito no cinto utilizado por São Cesário: O crisma de São Cesário.


O

crisma é o monograma de Cristo. É formado pela combinação das duas primeiras letras da palavra "Christos" (Cristo, em grego): Chi (X) e Rhô.


O Museu da Antiguidade de Arles conserva o cinto de couro de São Césaire, bispo de Arles (século VI), no qual está reproduzido este crisma.








Santo Ósio, bispo de Córdoba (+359).

Foi preso durante as perseguições de Diocleciano e por muito tempo carregou em seu corpo os vestígios dos abusos sofridos. Ele desempenhou um papel importante no Concílio Ecumênico de Nicéia em 325 e resistiu à pressão dos imperadores arianos. Tal como Santo Atanásio, foi exilado por este motivo. A Igreja considera-o um santo defensor da fé.

Fonte: Nominis.


São Pimen [Poemen], asceta no Egito (+450). Aos quinze anos foi para o deserto de Scete para ali experimentar o maior ascetismo. Um dos mais notáveis ​​anacoretas do deserto, a quem são atribuídos um grande número de apotegmas cheios de sabedoria. Temos muitos apotegmas dele: A natureza da água é mole, a da pedra é dura. Um odre suspenso sobre uma pedra, deixando cair água gota a gota, perfura a pedra. Assim acontece com a Palavra de Deus. Ela é mole e o coração do homem é duro. Mas a Palavra de Deus pode perfurá-lo." Fonte: Nominis.






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